sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

o menino do pijama listrado.

Ontem assisti a esse filme sobre a amizade de um menino alemão com um judeu. Sinceramente, chorei em muitas partes desse filme. Sempre me interessei por assuntos relacionados á Segunda Guerra, um período um tanto macabro da história da humanidade.
No filme não pude deixar de notar como os alemães manipulavam a verdade sobre os campos de concentração,faziam vídeos invertendo totalmente a realidade,desde quando um campo de concentração pode ser um lugar agradável para crianças,onde exista diversão, comida,música?Como se alguns anos depois não nos seria revelada a verdade sobre tais, o horror que eram aqueles lugares,piores que qualquer filme de Stephen King.
O amor e a lealdade daqueles meninos me impressionou e emocionou muito,quem dera houvesse mais dessa cumplicidade no mundo!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

HOMENAGEM Á ALGUÉM MUITO QUERIDO E JÁ SE FOI.

Todo mundo possui alguém que lhe foi muito caro e já partiu. Comigo não é diferente, e quero falar do meu avô, Sr. Clemente Podiatsky, figura muito importante de minha infância e fase adulta.
Meu avô era uma pessoa maravilhosa, que ficou conosco somente um ano. Mas foi tempo mais que suficiente para nos mostrar o real valor da família. Me recordo com saudades das tardes em que ele tocava gaita de ponto para nós, ou quando íamos visitá-lo quando morava no bairro Santa Luzia, lá estava o vovô de cócoras na janela "pitando" seu cigarrinho,sempre nos dava permissão de brincar com os carrinhos da lenha, mas não podíamos tocar em suas ferramentas.Sua cozinha era um capítulo á parte, era ótimo cozinheiro,mas o que mais nos chamava a atenção era a quantidade de remédios, ocupavam quase a metade da mesa, tinha remédio para tudo! Era uma pessoa muito alegre e cheia de vida esse Clemente! E que memória!
Sua memória era tão boa que contribuiu para um livro de memórias das famílias polonesas de Brusque.Tem passagens muito engraçadas, como ele sempre foi. "Brusque Polonesa de autoria de Celso Deucher."
Hoje o que me resta são somente lembranças deste velhinho tão simpático e namorador, se eu fechar os olhos por um instante ainda posso sentir seus cabelos entre meus dedos, a textura de sua pele, as suas mãos entre as minhas. Não posso dizer que sua morte se deu em um ambiente feliz, nem que ele tenha desejado que fosse naquele hospital, mas o que conforta é saber que suas mazelas terrenas haviam findado naquele 24 de julho, não mais injeções ou remédios, soros ou sondas, escaras nem curativos, banhos de leito ou troca de fraldas.
Dizem que quando envelhecemos, voltamos ao estágio da infância, nos tornamos crianças novamente, e foi assim que vovô partiu, feito criança. Não é uma coisa agradável de lembrar, mas minha última lembrança é do corpo do vovô no necrotério do hospital de azambuja, coberto por um lençol, ainda quente, em posição fetal devido a atrofia muscular, sozinho, num lugar gelado, coberto por um pano.
Nosso meninão partiu numa tarde chuvosa, ele havia pedido que não houvessem lágrimas na sua despedida, mas não houve meios de contê-las. Choramos a saudade que seria sentida ao longo dos meses, anos que estão por vir.
O ser humano é efêmero, mas sua alma eterna. Saudades sempre serão sentidas, mas as lembranças são um conforto, uma maneira de mantermos viva em nós a pessoa que se foi.
Você sempre me incentivou e foi um exemplo para mim, sempre disse que eu era boa com palavras, e estas são para você, onde quer que esteja.
Saudades e até breve Meninão!!!!